História do corpo
RA: 0050061371
Turma: 4MA
Professor: Bruno
Fichamento: História Do Corpo
I. Mostrar os corpos
“Se os corpos nus fazem parte, hoje, do nosso cotidiano, isto se deve à erosão progressiva do pudor, durante muito tempo inculcado como virtude desde a primeira infância e reforçado para as filhas na adolescência” (P.109) O pudor era fortemente valorizado pelos homens e imposto para as mulheres, que eram sempre lembradas desta qualidade pelo meio social em qua vivíam.
“Nunca, antes do século XX, o corpo sexuado fora objeto de cuidados tão atenciosos. Cada um o exibe, o corpo esta onipotente no espaço visual, ocupa igualmente um papel sempre maior nas representações tanto científicas quanto mediáticas. Chegou mesmo a se tornar um desafio médico e comercial” (P.109) Para onde quer que você olhe, vê corpos seminus expostos pelas mídias impondo padrões de beleza a serem exaltados, ostentados e consumidos, seja pela compra de cosméticos, seja por cirúrgias plásticas.
1. A erosão do pudor privado
Padrões de comportamentos que hoje nos parecem absurdos e desnecessários, derivados da Igreja foram se desfalencendo aos poucos.
“Esboçado desde a Belle Époque, o recuo do pudor corporal vai se acelerando no período entre-guerras e se difunde durante os Trinta Glorioso. Foi necessário, para tanto, superar a barreira de tradições seculares: proibição de mostrar as pernas, ou mesmo o calcanhar para uma mulher, proiboção de urinar em público para um adulto e até para um menino, dissemulação do corpo da mulher na gravidez e no parto, recusar dispir-se para fazer sua toalete, a fim de não despertar pensamentos pecaminosos em relação à sua moral religiosa. Recorda-se que no final do século XIX ainda se faz amor ‘totalmente nus, só com a camisola’ e que a alcova é inimiga da luz. Esses interditos remetem a uma concepção cristã da sexualidade, circunscrita ao casal legítimo, destinada essencialmente à reprodução e inimiga da concupiscência.”(P.110)