História do cinema de animação
Carolina Lanner FOSSATTI1
Resumo
Com sua origem no teatro de sombras chinesas, o cinema de animação passou por importantes transformações, notadamente naquilo que se refere a seu aparato técnico. Seu desenvolvimento, também esteve ligado aos efeitos especiais de diferentes cinematografias. O modelo tradicional, caracterizado pela produção totalmente manual, foi integrando a tecnologia digital, hoje predominante nas animações e, incorporado pelos formatos 2D (duas dimensões) e 3D (três dimensões). O cinema passa por uma revisão de paradigmas, da mesma forma, o gênero animação reformata-se. O presente artigo revisa a trajetória do cinema de animação, ao mesmo tempo em que lança reflexões acerca de sua atual estrutura.
1 O cinema de animação e sua perspectiva histórica
A trajetória do cinema de animação revela uma história que abarca importantes progressos técnicos. Se, inicialmente, tinha como foco o público infantil, atualmente observase a crescente adesão por parte de um público heterogêneo, estendendo-se do infantil, ao jovem e ao adulto. O gênero animação ainda tem Walt Disney como referência, mesmo após décadas de sua morte (1966). O estilo Walt Disney continua a inspirar a animação mundial, consolidando suas obras como marcos referenciais. Sua técnica, estética e sensibilidade para dar vida a suas criações perpetuam-se por gerações, abrindo espaço para a vivência individual de fantasias inusitadas, sob um corpo comum. O percurso do desenho de animação vai sendo mundialmente delineado, sua história vem sendo edificada por novos animadores, estúdios, filmes e personagens, que juntos vão dando consolidação ao gênero.
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Doutoranda em Comunicação Social PUCSRS.
O gênero de animação, conforme o exposto por Meckee (2006), sustenta-se pelas leis do metamorfismo universal, a partir das quais tudo pode ser criado e transformado, independentemente de normativas físicas. Atendendo