História de Canudos

1086 palavras 5 páginas
Esta síntese permitirá um apanhado conciso da história de Canudos, através do texto de Douglas Teixeira Monteiro, objetivando então o apontamento de alguns aspectos desta obra, considerando suas características, analisando a temática e a perspectiva com que é abordada. Ao se diferenciar da maioria das abordagens sugestivas a respeito de Antônio Conselheiro e Canudos, o autor adota um viés diferenciado ao propor uma compreensão equilibrada destes frente a um contexto histórico relevante. Sua defesa consiste em afirmar, que, não era o líder espiritual do movimento, um demente e “que seus desvios de personalidade não teriam sido maiores do que aqueles que podem ocorrer em líderes cuja a atuação se faz sob condições tão atrozes como as que teve que enfrentar”, remete então a esta ampliação destas idéias ao etnocentrismo dos observadores . E a partir de então deflagra a posição euclidiana como preconceituosa e carregada de ranços, ao pontuar Antônio Vicente Mendes Maciel, numa condição nada condizente ao seu cabedal intelectual. Ressalta também a insatisfação religiosa através dos párocos, que munidos de críticas ferozes a Conselheiro pediram a intervenção policial, que logo o prenderam sob a acusação de desrespeito ao vigário. Solto em 1877, continuou tendo desavenças com o clero, ao ponto de ser proibido, por ordem do arcebispo da Bahia(1882), de pregar nas igrejas e de ser ouvido pelos paroquianos. Visto que era este indivíduo pregador de doutrinas subversivas e que fazia grande mal à religião e ao Estado, foi alvo da crescente hostilidade da Igreja, que por sua vez acionou o presidente da província requerendo providências. Em seu ímpeto repressor, na verdade, a autoridade eclesiástica aliava-se a aflição dos coronéis do sertão, que se viam ameaçados duplamente, ao ver drenada a mão de obra das fazendas, e a sua influência para os votos de cabresto ser minada, o que lhes garantia o controle dos instrumentos do Estado no poder econômico e no poder

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