História da questão agrária brasileira
1)Brasil : uma herança pervesa de subdesenvolvimento e desigualdades Desde sua colonização, o Brasil se caracterizou como um país de base agrária e exportador de matérias prima para outras nações desenvolvidas. O rompimento com esta característica, acontece a partir de 1920 com o movimento tenetista que propunha ações mudancistas. Houve a criação da Petrobrás, construção de Brasília e implatação da indústria automobilística. Porém, logo depois houve o golpe militar que estagnou todas essas propostas de desenvolvimento e perseguiu e torturou,quando não, assasinou, todos aqueles com inspiração nacionalistas. A ideologia de progresso ficou restrita apenas ao âmbito econômico, deixando à margem o desenvolvimento social. É desta fase, a herança do desenvolvimento do sul do país, com a intensa industrialização desta região, concentrando os investimentos públicos e privados, resultando em uma enorme desigualdade ao sul do país, específicamente ao Nordeste brasileiro. Os modelos Neo-Liberias implatados no Brasil, não só manteve como aumentou esta desigualdades. No Nordeste havia uma pequena participação no dinamismo econômico do país, focalizando suas atividades na fruticultura e produção de grãos. O sul do país caracterizado pela industrialização e o Nordeste pela agricultura. Essa distinção reproduziu desigualdades sociais e acentuou a segregação contra os nordestinos.
2)Questão Social : a face mais cruel das desigualdades Levantamento feito em 1980, revela a enorme desigualdade do Nordeste em relação ao resto do país. Essa disparidade se revela na questão salarial e na alta taxa de analfabetizados, concentrando as piores condições sociais no Nordeste. O modelo de governo assumido, até então, priorizou apenas o desenvolvimento econômico, sem se interessar pelas desigualdades em questão. Outro acréscimo deste modelo de injustiça, é o desprezo pelas comunidades