História da Profissão Docente no Brasil
História da Profissão Docente no Brasil - 2013
A profissão docente emerge na Idade Moderna (séculos XVI e XVII). Os primeiros professores foram cléricos e leigos, que eram influenciados pelas crenças religiosas. Com a revolução das ideias do século XVIII, no período conhecido como Iluminismo, surgiram alguns reformadores com discussões acerca do perfil do professor, quem o poderia ser e a qual autoridade deveria pertencer. Nesse momento começa um processo de universalização do ensino, ou seja, escola pública para todos mantida pelo Estado e não mais pela Igreja.
Na segunda metade desse mesmo século surge a primeira etapa para a profissionalização do magistério, onde se exigia uma licença ou uma autorização para ser professor, outorgada pelo Estado através de exame ou concurso. É aí que surgem instituições de formação específica e longa: as Escolas Normais, que configuram um conjunto de saberes profissionais. Porém, essas escolas vão se consolidar somente no século XIX, pois foram frequentemente fechadas por falta de alunos ou por descontinuidade administrativa e por conta de o magistério primário oferecer baixos salários, gozar de pouco apreço e falta de compreensão da importância de uma formação específica para o professor de primeiras letras. Possuía uma organização didática simples, com um ou dois professores ministrando todas as disciplinas, com duração de dois anos e uma única disciplina pedagógica.
As primeiras escolas normais eram destinadas para o público masculino, mas ao final do século XIX houve a feminização do magistério primário, pois era a única profissão que a mulher poderia conciliar aos trabalhos domésticos, o desprestígio social e baixos salários. Do final desse mesmo século ao início do seguinte ocorre o período de ouro da profissão docente: o professor ganha status social; há uma valorização do magistério. Mas esse prestígio dura pouco tempo. Já na segunda metade do século XX há uma tendência de