História da penicilina
Em 1928, Alexander Fleming, trabalhando no Hospital St. Mary, em Londres, observou que uma placa de cultura, na qual estavam sendo cultivados estafilococos, fora contaminada com um fungo do gênero Penicillium, e que o crescimento bacteriano na vizinhança do fungo fora inibido. Ele isolou o fungo em uma cultura pura e demonstrou que ele produzia uma substância antibacteriana, que ele chamou de penicilina. Esta substância foi subsequentemente extraída e, seus efeitos antibacterianos analisados por Florey, Chain e seus colegas em Oxford, em 1940. Eles mostraram que ela possuía poderosas propriedades quimioterápicas nos ratos infectados, e que não era tóxica.
Os efeitos antibacterianos marcantes da penicilina nos seres humanos foi claramente demonstrado em 1941. Uma pequena quantidade de penicilina extraída laboratorialmente de culturas brutas nos laboratórios da Dunn Schooll of Patology, em Oxford, foi administrada a um policial que apresentava septicemia estafilocócica e estreptocócica, com múltiplos abscessos e osteomielite com extravasamento purulento dos seios da face. Ele sentia muita dor e estava desesperadamente doente, e embora as sulfonamidas estivessem disponíveis, elas não teriam efeito na presença de pus. Foram aplicadas injeções intravenosas de penicilina ao policial a cada 3 horas. Toda urina do paciente foi coletada e, a cada dia, a maior parte da penicilina era extraída e reutilizada. Depois de 5 dias, a situação do paciente melhorou muito; sua temperatura era normal, ele estava comendo bem e houve uma óbvia resolução do abscesso. Além do mais, não parecia haver efeitos tóxicos do fármaco. Infelizmente, quando o suprimento de penicilina finalmente acabou, sua situação deteriorou gradualmente e ele morreu 1 mês depois.
Embora esta seja a primeira evidência do dramático efeito antibacteriano da penicilina, quando administrada sistemicamente em seres humanos, a penicilina tópica já havia sido usada, de fato, com sucesso em