História da Musica - Fichamento
LICENCIATURA EM MÚSICA
FICHAMENTO
LUCAS, Glaura. O ritual dos ritmos no Congado Mineiro dos Arturos e do jatobá. 1999. Dissertação (Mestrado em Etnomusicologia), Escola de Comunicação e Artes da USP.
“A música é uma presença constante nos rituais religiosos do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, ou Congado; sendo o cantar, o tocar e o dançar um ato único de oração.” (p.1)
“Nos rituais religiosos temos primeiro um grupo de Congo, formado por jovens, com danças e cantos em ritmos de andamento rápido. Em seguida, o Moçambique, formado de negros mais velhos, tocando os Candombes com ritmos mais lentos” (p.2)
“O Congo apresenta maior variedade de padrões, dentre eles, a Marcha Grave, a Marcha Lenta e o dobrado. O Moçambique toca o Serra Acima e o Serra Abaixo. O Candombe possui apenas um padrão. Os padrões rítmicos pertencem a cada tipo de guarda, identificando-as musicalmente no cumprimento de funções” (p.3-4)
“As execuções rítmicas se desenvolvem a partir da repetição periódica de um padrão, sendo ele submetido a graus diferenciados de variação, conforme o padrão, a guarda, e o espaço” (p.4)
“As estruturas dos padrões rítmicos básicos do Congo e do Moçambique apresentam uma divisão aproximadamente binária das pulsações. Já o Serra Abaixo traz uma divisão ternária. Uma das características do repique é a transformação temporária da estrutura. O Candombe resulta da complementaridade entre realizações de três tambores, configurando uma estrutura polirrítmica na própria base do padrão” (p.5)
“O Congo é o primeiro nos cortejos, abrindo o caminho para o Moçambique que lhe segue, conduzindo os reis. O Candombe não sai. Está recluso em seu espaço” (p.7)
“Constatamos uma diferenciação rítmica entre Congo, Moçambique e Candombe, determinadas pela hierarquia entre eles, pelo seu significado e sua função ritual” (p.8-9)