Fichamento
MARTHA KEILA LORENZO FARIA
FICHAMENTO
Rio de Janeiro
2012
MARTHA KEILA LORENZO FARIA
FICHAMENTO
Fichamento do livro História social da Música Popular Brasileira, parte 3 (3.1- 3.2) apresentado ao Curso de
Licenciatura em Música na
Faculdade Federal do
Rio de Janeiro, como exigência da disciplina Música Brasileira I
Profª Fernanda CheferrinoRio de Janeiro
2012
OS POETAS ROMÂNTICOS E A CANÇÃO SERESTEIRA
O que a evolução do processo sócio-cultural brasileiro no âmbito das camadas urbanas revela, realmente, após o fim da era colonial é a busca de uma pretendida identidade nacional. Esse movimento de interesse romântico dos eruditos pelas manifestações consideradas “do povo” iria resultar no aparecimento da modinha seresteira.
Esse encontro dos poetas eruditos letristas de canções de rua com os músicos populares estava destinado a marcar o advento de um novo sistema de criação: a parceria.
Essa original fusão se tornaria possível a partir de meados de Oitocentos, .aliás, graças a uma particularidade sócio-economica ligada ao novo momento de diversificação social a democratização do uso do próprio piano burguês.
Tal fenômeno de democratização do piano acompanhava por sinal, passo a passo, o processo de diversificação social dos grandes centros urbanos brasileiros.
Na verdade, até bem entrado na segunda metade do século XIX, possuir um piano no Brasil constituía privilégio de poucas famílias de Pernambuco, da Bahia, do rio de Janeiro e de minas Gerais, o que conferia ao instrumento uma sonora conotação de nobreza, poder, cultura e bom nascimento.
No momento em que a riqueza da cultura do café no vale do Paraíba multiplicou os salões da corte capazes de abrigar o instrumento da moda, os anúncios de vendas de pianos tornaram-se comuns nos jornais, e o seu preço no mercado dos instrumentos usados foi caindo.
Às vésperas do segundo reinado o romantismo surgiu com um maior apelo às emoções individuais.
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