História da loucura
HITÓRIA DA LOUCURA
Na antiguidade grega, antes do século V a.C., o homem ainda não conhece a si mesmo, a loucura definia-se como "sem razão" e insensatez então, essas distorções ou aberrações dessa "natureza" são atribuídas às forças e entidades conhecidas. Isso é retratado nos textos de Homero e Hesíodo. Tudo o que acontecia na vida do homem era definido pela vontade dos deuses, eram "capricho dos deuses". A loucura seria, então, um recurso da divindade para que seus projetos ou caprichos não sejam contrastados pela vontade dos homens. Qualquer descontrole mental é produto de alguma interferência sobrenatural.
Hipócrates foi a primeira pessoa a ver a loucura de uma forma orgânica. Para ele, a loucura deriva do desequilíbrio entre os quatro humores (bílis amarela, verde, potuita e sangue). Foi o primeiro a descrever que a loucura vinha do cérebro. Ele representa o marco final da explicação da loucura pela mitologia e teologia.
A Não-Razão do século XVI constituía uma espécie de ameaça aberta cujos perigos podiam sempre, pelo menos de direito, comprometer as relações da subjetividade e da verdade. O percurso da dúvida cartesiana parece testemunhar que no século XVII esse perigo no qual o sujeito detém seus direitos à verdade: domínio este que, para o pensamento clássico, é a própria razão. Doravante, a loucura está exilada. Se o homem pode sempre ser louco, o pensamento, como exercício de soberania de um sujeito que se atribui o dever de perceber o verdadeiro, não pode ser insensato. Traça-se uma linha divisória que tornará impossível a experiência, tão familiar à Renascença, de uma Razão irrazoável, de um razoável Desatino.
No século XVII criou-se vastas casas de internamentos e a partir da metade do século XVII, a loucura esteve ligada a essa terra de internamentos, e ao gesto que lhe designava essa terra como seu local natural.
Em 1656, é fundado em Paris o Hospital Geral, servia de abrigo aos