História da gastronomia

1819 palavras 8 páginas
OS PRAZERES DO COMER

A alimentação é capaz de gerar indagações que levam a refletir sobre questões fundamentais da antropologia tais como a relação da cultura com a natureza, o simbólico e o biológico. O alimentar-se é um ato vital, sem o qual não há vida possível, mas, ao se alimentar, o homem cria práticas e atribui significados àquilo que está incorporando a si mesmo, o que vai além da utilização dos alimentos pelo organismo.
Os alimentos devem ultrapassar a barreira oral, se introduzir em nós e tornar-se nossa substância íntima. Se é possível avaliar o valor nutritivo do alimento propõe uma distinção entre o ato alimentar (no qual o Homem não se distinguiria das outras espécies animais em relação à nutrição) e o ato culinário, próprio à espécie humana(o homem é o único a cozinhar e combinar ingredientes).
A aquisição, transformação e consumo do alimento, é efetivamente um processo ao mesmo tempo partilhado com todos os animais e especificamente humano.”
Estuda-se a pré-culinária dos macacos da ilha japonesa de koshima, onde inicialmente uma das macacas lavava a batata doce antes de comê-la. Aos poucos outras começaram a imitá-las, e se generalizou. Alguns anos depois as fêmeas passaram a ensinar aos filhotes. Depois começaram a lavar com água salgada, fazendo com o grupo abandonasse a região em que viviam mudando-se para a beira do mar.
Onívoro, o homem come de tudo: de formigas a baleias, de alimentos vivos a apodrecidos. a variedade de escolhas alimentares humanas procede, sem dúvida, em grande parte da variedade de sistemas culturais: se nós não consumimos tudo o que é biologicamente ingerível, é por que tudo o que é biologicamente ingerível não é culturalmente comestível” Assim, o que é “comida” em uma cultura, não o é em outra, fato derivado não de seu valor (ou não) nutritivo ou perigo a saúde.
O “exótico”, o “estranho” é também o possivelmente (ou potencialmente) perigoso. Atração, perigo, curiosidade, apelo à novidade, repugnância, aversão,

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