História da educação fisíca
A ideologia das aptidões naturais, dos talentos, das capacidades circunscritas ao âmbito do individual-hereditário-biológico, estava na base das concepções educacionais do final de século XVIII e inicio do século XIX.
Essas concepções, embora apresentem algumas diferenças em suas formulações, na sua essência postulavam uma educação de classe. E é nela que vamos encontrar a preocupação com a Educação Física.
Os teóricos ingleses Rousseau e Locke forneceram os elementos essências que serão desenvolvidos no século XIX sobre a necessidade e a importância do exercício físico na educação do homem, sugerindo que, se há o desejo de cultivar a inteligência da criança, é necessário cultivar as forças que a regulam.
Johan Bernard Basedow introduziu a ginástica na escola, organizando o currículo de modo que ela viesse a figurar como parte integrante da educação escolar.
No mesmo período o suíço J. H. Pestallozzi (1746-1827), que, em suas formulações pedagógicas, considerava importante educar os sentidos das crianças, incluindo nos currículos a música e a ginástica. Quanto a ginástica, ele procurava evidenciar a sua inegável utilidade para o corpo e o enorme proveito moral que dela se podia retirar.
Podemos afirmar que, a partir da primeira década do século XIX, a Educação física é sistematizada em métodos, ganha foros científicos e é disseminada como “grande bem” para todos os “males”, como protagonista de um corpo saudável.
Entretanto, o exercício físico não é saudável em si, não gera saúde em si, é apenas e tão somente um elemento, num conjunto de situações, que pode contribuir para um bem-estar geral e, neste sentido, aprimorar a saúde.
A partir do ano de 1800 surgiu na Europa algumas formas distintas de encarar os exercícios físicos, quatro países deram origem as primeiras sistematizações sobre a ginástica nas sociedades burguesas.
Na escola Alemã a ginástica