História da arte
Avaliação Bimestral
1. “Traduzir uma parte na outra parte – que é uma questão de vida ou morte – será arte?”. Sim. Quando o autor diz ”traduzir uma parte em outra parte” ele quer dizer que o homem transforma tudo que é do campo dos sentimentos, através do conhecimento, para o campo das ideias.
No trecho “Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira”, o autor representa um ser dual – pragmático (instintos), mas ao mesmo tempo reflexivo (cultura). A tradução é o processo de conhecimento, ou seja, tudo o que o homem vive, sente e experimenta – mas que não necessariamente entende. E é neste momento que a arte se manifesta, atuando quando palavras não traduzem o que sentimos, e na já conhecida busca pelo sentido do homem e da vida.
2. Fischer afirma que a linguagem surgiu juntamente com as ferramentas que o homem utilizava em seu cotidiano através do trabalho coletivo. Ao manusear os instrumentos e perceber, mesmo que sem querer, a sua função, sua utilidade e a maneira como eles se comportavam no mundo exterior a eles, ele passou a ver uma necessidade de diferenciá-los para que então pudesse ter uma melhor relação com esse mundo. Sendo assim, eles passam a criar conceitos para as coisas, signos, criando poder sobre os objetos.
Através da linguagem o homem desenvolveu um meio de domínio sobre a natureza, agora proporcionado por sua fisiologia – suas mãos. É através delas, coordenadas por sua consciência, que o homem cria essas ferramentas, uma vez que ele pode criá-las, e não somente retirá-las da natureza. É também através desse “órgão especial” que o homem atingia sua transcendência espiritual ao pintar nas paredes das cavernas, acreditando que o simples toque de seus dedos com a pintura faria com que esta se concretizasse, como que por magia. A própria ferramenta adquire um sentido mágico quando o homem percebe que, através dela, ele pode transformar a natureza magicamente sem o esforço do trabalho, ou seja, o instrumento