História da Alimentação
A passagem dos primeiros hominídeos a caminhar apenas com os dois pés os deixou com as mãos livres para criar todo tipo de ferramentas, e com o auxilio dessas ferramentas ele ampliou a sua dieta de um modo assombroso. Começou a caçar e comer animais, deixando de se alimentar apenas de vegetais e pequenos moluscos.
Do cru ao cozido
O homem passou a dominar a ignição do fogo há cerca de 500 mil anos, isso foi decisivo para diferenciar o homem dos outros animais. O fogo era calor e luz, fonte de aquecimento, mantinha as feras afastadas e também foi usado desde o início para cozinhar alimentos, mas isso não implica necessariamente que a cozinha tenha nascido com o domínio do fogo, outras práticas podem ter sido empregadas antes.
Eventualmente o homem pode ter se alimentado de carcaças de animais mortos durante incêndios nas florestas.1 Outra explicação relacionada ao fato apresenta os alimentos sendo cozidos em regiões que apresentavam águas quentes, como fontes termais ou gêiseres2.
Todavia é impressionante que com as primeiras fogueiras aparecem também os vestígios de cocção de alimentos. Essa prática, ainda ocasional há mais ou menos 500 mil anos se generalizará quando fogo for integrado de forma permanente ao universo doméstico. (Pères. Opus cit. P. 44)
Após os primeiros experimentos com fogo, as carnes frescas poderiam ser cozidas em espetos ou diretamente sobre as pedras incandescentes. O fogo também teve um papel decisivo na conservação dos alimentos. A cocção aumentou a durabilidade dos alimentos. As carnes podem ter sido secas por exposição ao sol e defumadas também nesse período, assim como também as frutas e os vegetais.
A comensalidade, hábito de fazer as refeições em comum, é inaugurada, provavelmente na partilha da caça de manadas e foi fomentada com a generalização da cocção dos alimentos.