Historiografia africana
Foi a partir dos meados do século XX que a África aparece na cena internacional. Por um lado devido as descobertas arqueológicas que revelaram as civilizações até então desconhecidas e devido aos processos das independências. Durante muito tempo, pensou-se que a África não tinha História, por exemplo: Hegel diz que a África não é uma parte da História do Mundo, pois ela não tem progresso, nem movimentos históricos próprios dela. Portanto, apenas a sua parte setentrional pertence ao mundo asiático ou europeu.
Aquilo, que entendemos pela África, é o espírito do não desenvolvimento, ainda em volta das condições morais e que deve ser apresentado apenas no início da História do mundo. Por seu turno, Eugéne Pittard, pensa que com a excepção do Egipto e da África do norte, o resto do continente nada fez de digno como desempenho histórico.
Porém, a historiografia africana pode ser explicada sobre vários ângulos, as chamadas correntes. Assim, existem três principais correntes que tentam explicar a participação ou não dos africanos na reconstituição da História mundial a destacar:
Corrente Eurocentrista
Para estes, a África negra nunca participou nas páginas da História Universal. Esta abordagem é feita por historiadores e outros estudiosos que defendem a exploração e a pilhagem dos recursos naturais e humanos do continente africano durante as fases mercantil e colonial. Para estes a participação africana na História Universal é dada pela África branca e dizem que ela constituiu o prolongamento da História da Ásia e da Europa.
Os eurocentristas defendem que a única marca da participação doa africanos na Historiografia Universal foi dada pelos negociantes sudaneses através do comércio Euro-Asiático que deram um grande contributo para o desenvolvimento da Europa. É uma corrente marcadamente racista, pois defende a superioridade da raça branca sobre a raça negra e sustenta que os africanos não tinham História antes de estabelecerem contactos com os