resenha Conectando historiografias: a escravidão africana e o Antigo Regime na América portuguesa
Conectando historiografias: a escravidão africana e o Antigo Regime na América portuguesa
A autora discorre sobre alguns movimentos historiográficos e sua amplitude das mudanças interpretativas sobre os estudos da escravidão dos africanos e seus descendentes no Brasil. Propõem caminhos analíticos que estabelece conexões entre novos campos investigativos, haja vista, a diferenciação das análises sobre o Antigo Regime português que excluía o tema escravidão sem levar em conta sua relevância na dinâmica das relações entre Brasil e Portugal.
Percebe-se, logo de início, que os estudos sobre a escravidão dos africanos eram estruturas de paradigmas macroeconômico com uma óptica senhorial que era excludente. Mas, a partir de 1980, os estudos passam por transformações que redimensionam a abordagem do tema para uma análise das práticas cotidianas. Dessa forma, ganha espaço os estudos sobre os grandes quilombos e insurreições como forma de resistência escrava. Portanto, é o momento de despertar para uma análise em que escravos passam a ser “autores” de sua historia com suas múltiplas formas de negociação e conflito, onde fugas, quilombos, canais institucionais ganham espaço e passam a ser objetos de vários estudos de monografias, teses etc.
Neste momento, acontece a retomada do interesse por questões identitárias e étnicas com um novo contexto historiográfico sobre a experiência dos cativos e afro-descendentes. Possibilitando criar relações interdisciplinares de fundamental relevância fazendo um diálogo com a antropologia, e assim, novas fontes passaram a serem incorporadas distanciando das dicotomias, o que ocasiona em mudanças demográficas, econômicas, sociais e temporais diversos.
A partir da década de 1970, muitos estudos foram feitos em relação à historiografia colonial dando