Historida
Gênero é o que "determina" aquilo que culturalmente seriam características do ser “masculino” e do “feminino”: forma física, anatomia, maneira de se vestir, falar, gesticular, enfim as atitudes, comportamentos, valores e interesses de cada gênero (lembrando que essas características são designadas pela cultura, pela sociedade dominante). Essas diferenças são estabelecidas historicamente, de acordo com dada sociedade influenciados pela cultura. Portanto, são uma categoria histórica e não naturalmente determinadas. Sendo nessa perspectiva conceituado por Scott (1995, p. 14) como “[...] um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder”.
Nesse sentido, não se pode abordar o conceito de gênero sem lembrar de Butler (1998), que basilarmente, nos aponta o gênero como culturalmente construído, diferenciando de sexo (biologicamente natural), essa compreensão é que abre as possibilidades de reflexão com vistas à superação do preconceito de gênero, da visão do ser feminino como frágil e submisso. Homens podem até ter maior força física, mas as mulheres podem também ter mais energia (o que seria uma diferenciação biológica), porém, a diferença não pode significar desigualdade. Homens e mulheres podem ser diferentes biologicamente, mas devem ter socialmente os mesmo direitos e deveres, pois ambos tem a mesma potencialidade intelectual e amorosa, que pode ou não ser desenvolvida, dependendo das oportunidades e possibilidades oferecidas pela família, pela sociedade, pela cultura. Assim, Butler (1998, p. 26) afirma que, “[...] não a biologia, mas a cultura se torna o destino”.
Identidade de gênero se refere à forma como alguém se sente, se identifica, se apresenta, para si próprio e aos que o rodeiam, bem como, relaciona-se à percepção de si como ser "masculino" ou "feminino", ou ambos, independe do sexo