Historia
Desistirão Eles do Açúcar?
O MUNDO ocidental se defrontou em cheio com o paradoxo da pobreza em meio à abundância.
O que fazer?
Alguma coisa devia ser feita para fazer voltar à ordem o caos gerado pelo colapso do capitalismo. O colapso foi total - viu-se esmagada a estrutura de crédito, paralisada a indústria, milhões de desempregados, arruinados os fazendeiros, e a pobreza imperando em meio a muitos - claro, lógico que alguma coisa tinha que ser feita. O antigo sistema baseava-se no laissez faire; o antigo sistema estava esmagado. Exigiam-se mudanças. Em vez do laissezfaire organização e controle organizado. A vida econômica, deixada à sua própria sorte, terminara em desastre. Não mais devia estar entregue a si.
Devia ser tomada pela mão e orientada.
"Devemos planejar!”
E, se lhe defrontando em cheio o paradoxo da pobreza em meio à abundância, o mundo ocidental, como a Rússia, voltou-se para o planejamento. Mas havia uma diferença.
Na União Soviética, há produção para consumo; nos países capitalistas, há produção visando lucro. Na União Soviética, aboliu-se a propriedade privada dos meios de produção; nos países capitalistas, é sagrada a propriedade privada dos meios de produção. Na União Soviética, o planejamento é geral e abrange toda a esfera de atividade econômica; nos países capitalistas, o planejamento é retalhado, tocando uma esfera independentemente das outras.
Na União Soviética, o planejamento é projetado por consumidores para consumidores; nos países capitalistas, o planejamento é projetado por produtores para produtores.
Enfrentando o paradoxo da pobreza na abundância, os países capitalistas esboçaram um plano de ação para atacar o problema.
O plano era abolir a abundância.
Lembremo-nos dos títulos: "Sacrificados milhares de leitões", "Reduzidos os campos de trigo",
"Plantações de açúcar reduzem produção". Tudo isso se fez de acordo com o plano. A Agricultural Adjustment