Historia
Ao cair da noite, uma neve graúda e úmida cobria os lampiões, os cavalos, o cocheiro Iona Potápov e sua eguazinha, deixando-os imóveis. De tão parada, ela parecia até estar meditando.
Iona e sua eguazinha não fizeram nenhuma corrida e se mantem imóveis desde antes do almoço. Porém, o chamado de um militar de capote e capuz o desperta. Ele quer ir até Viborgskaia.
Logo, o militar toma o assento no trenó, o cocheiro puxa as rédeas, se estica, estala os lábios, brande o chicote e saem movimento.
Bravo, o militar questiona a direção tomada pelo cocheiro e o manda virar a direita.
No caminho, cruzam com outro cocheiro e esbarram num transeunte, que corria pela rua e ficou furioso com o ocorrido. Iona fica inquieto na boleia, como se não entendesse o que fazia ali. O militar acredita que todos estão contra Iona.
Iona olha para o militar e tenta dizer algo, mas não consegue. Contudo, o militar lhe questiona, levando-o a responder que havia perdido seu filho naquela semana.
O militar continua questionando e pergunta qual o motivo da morte. Porém, o cocheiro, não sabe ao certo, talvez seja febre ou a vontade de Deus.
Em meio a conversa, novamente o militar esbraveja sobre a direção tomada e parece perder o interesse pela conversa, o que leva Iona a brandar o chicote com graça pesada até chegar em Viborgskaia. Depois de deixar o passageiro, ele parou em um botequim e ficou imóvel a esperar.
Em seguida, três homens querem ser levados a ponte policial por um preço injusto, mas Iona não questiona, pois o que lhe importa é ter passageiros, que discutem até decidirem quem vai sentado e quem vai em pé.
Um deles, o corcunda manda o cocheiro andar logo, faz graça de seu gorro, e reclama de sua maneira de dirigir, enquanto os outros conversam entre si.
O corcunda continua insultando o cocheiro que, em meio a solidão que aperta em seu peito, quer falar sobre a morte de seu filho.
Com um certo descaso com sua dor, os insultos continuaram, seguidos de uma pergunta