HISTORIA E MEMORIA
Nas sociedades mais tradicionais a antiguidade é posto, ou seja, a palavra do mais antigo tem mais valor diante de todos. Para essas sociedades, os mais velhos têm o papel de armazenar e difundir a memória coletiva, mostrando um conhecimento amplo e o conselho ideal prático. Acontece muito no interior brasileiro, nas cidades menores, onde o mais vivido é detentor do exemplo a ser seguido. Esse respeito à sabedoria do vetusto é dado principalmente nas sociedades orientais, como o Japão.
Em contradição as sociedades mais tradicionais, os mais modernos julgam os idosos como ultrapassados, desprezando-os pela decrepitude e afastando-os do patamar de sábios. Dessarte, o antigo recebe a ambiguidade de conceitos, que variam entre sabedoria e senilidade.
O moderno e o novo também aparecem por suas diferenças. O moderno nasce de um rompimento com conceitos passados e é utilizado para o uso do progresso incessantemente. Um exemplo desse ato progressista do moderno é a tecnologia, que está cada vez mais rápida e capaz de desvalorizar o moderno em pouco tempo. Já o novo carrega a ausência ou esquecimento do passado e pode ser usado de forma pejorativa ou de recém-aparecido. Um bom modelo da forma pejorativa são “os novos ricos”, que possuem dinheiro, mas não nobreza. Antigamente, os moradores da Barra da Tijuca eram assim chamados, pois segregavam de bairros suburbanos e deixavam de lado toda sua história.
No século XIV, o moderno é conotado como inovação a partir dos movimentos que reinvidicam as práticas e ideias antiquadas. No século XVIII, a noção que o mais antigo era mais sábio submerge, pois o progresso faz com que os mais novos sejam mais cultos, com acúmulo de conhecimento. Há o privilégio do moderno, assim como: a criança nasce com pouca sabedoria, adulta é o auge da sabedoria, que entra em decadência na fase idosa.