Fichamento Livro Hist Ria E Mem Ria Jacques Le Goff
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Projeto Interativo IV – PatrimônioFichamento do livro: “História e Memória” – Jacques Le Goff
Documento e Monumento Os documentos e os monumentos estão relacionados à forma física e à história, tendo como maior importância a ciência do passado (“A história não teria sido possível se não tivesse deixado traços, monumentos, suportes de memória coletiva.”), os monumentos como herança do passado, e os documentos, escolha do historiador. Com base em suas origens filológicas, “monumento” é tudo aquilo que pode trazer a lembrança do passado. Mas desde a Antiguidade Romana, monumentum, do latim, especializa-se em dois sentidos:
1 – uma obra comemorativa de arquitetura;
2 – um monumento funerário destinado a eternizar a recordação de uma pessoa que morreu. Do termo latino documentum, “papel justificativo”, no vocabulário legislativo, demonstra a origem e a evolução do termo. O documento é o fundamento do fato histórico a partir do momento que é escolhido pelo historiador, com objetivo oposto à intencionalidade do monumento, afirmando-se como testemunho escrito. No final do século XIX, Fustel de Coulanges foi testemunha de como documento e monumento se transformaram para os historiadores. Segundo o primeiro capítulo de “La Monarchie Franque”: “A sua única habilidade (do historiador) consiste em tirar dos documentos tudo o que eles não contém e em não lhes acrescentar nada do que eles não contém.” Portanto, o conceito de documento não se modificava, o seu conteúdo enriquecia -se e ampliava-se. Em princípio, era um texto. É mantida a afirmação de que não há história sem documento. A crítica do documento tradicional foi uma procura da autenticidade. Persegue os falsos e atribui uma importância à datação. Assim como Marc Bloch teria escrito: “A sua presença depende de causas humanas que não escapa de forma alguma à análise, pois os que assim se encontra é nada menos