Historia Social da criança e da familia
514 palavras
3 páginas
O sentimento da infância condiz à consciência da particularidade infantil, sendo essa particularidade que diferencia a criança do adulto. Porém, essa consciência não existia; o sentimento da infância não existia na Sociedade Medieval. Mas isso não quis dizer que as crianças fossem ignoradas ou desprezadas. Por isso, assim que a criança tinha condições de viver sem a preocupação de sua mãe ou de sua ama, ela já ingressava na sociedade dos adultos e assim não se diferenciava mais deles. No século XVII, uma expressão destacada por Moliére comprova uma mentalidade muito antiga, onde diz que a criança é muito pequena e frágil para se misturar à vida dos adultos. A evolução do putto, no que se refere a um menino nu, quase sempre de sexo masculino; do retrato da criança, até mesmo depois de morta em pequena, foi acompanhado. Essa evolução terminou por volta dos séculos XVI e XVII, por dar a criança um traje especial que a diferenciava dos adultos. Essa especialização do traje das crianças e especialmente dos meninos pequenos, em uma sociedade que o traje havia grande importância, foi a prova de que houve mudança com relação as crianças. No século XVII, um novo sentimento de infância havia surgido no meio familiar, o sentimento de “paparicação”, em que a criança, por sua ingenuidade, gentileza e graça, se torna fonte de distração e relaxamento para o adulto. Esse sentimento pertence às mulheres, encarregadas de cuidar das crianças. No final do século XVI, especialmente no século XVII, esse sentimento de infância; o sentimento de “paparicação” foi mais bem compreendido através de reações críticas. Pois algumas pessoas, as chamadas rabugentas, consideravam insuportável a atenção, o mimo que se dispensava as crianças. Por fim, no século XVII, essa “paparicação” não se limitou apenas às pessoas bem nascidas, o ato de paparicar tornou-se comum entre as diversas classes sociais. Diante dos moralistas e educadores do século XVII, formou-se esse outro sentimento de infância, que