Templo no tempo de Jesus
Centro religioso, comercial e económico de Israel,por causa do intenso movimento de peregrinos e de receitas provenientes de judeus de todo o mundo (da Palestina e da Diáspora – judeus da dispersão), o Templo era também o centro político, pois aí reunia-se o Sinédrio. O Templo que Jesus conheceu era já o terceiro: 1º, o de Salomão; 2º , reconstrução de Zarobabel; o 3º, a reconstrução de Herodes. Foi sempre apenas um para todos os judeus, que deviam visitá-lo pelo menos uma vez na vida. Hoje ocupa o seu lugar a mesquita de Omar. No tempo dos Patriarcas são aceites os lugares de culto dos cananeus (Massebás, árvores, fontes em recintos) com ofertas de comida, bebida e sacrifícios humanos (santuários de Betel e Dan). Segundo o Êxodo,os israelitas tinham, durante a sua peregrinação pelo deserto, um santuário móvel que com a Arca da Aliança e a nuvem simbolizava a presença de Deus. Depois da tomada de posse da terra, Javé é adorado em diversos lugares como em Silo (1 Sam 1-3), Mispá (1 Sam 7,6-12), Guilgal (1 Sam 11, 15), Betel, Rama, Guibeá (1 Sam 10, 10) e Belém (1 Sam 16, 1-5;20, 6.29) Devido à conquista de Jerusalém por David, esta torna-se capital e o santuário cananeu local de culto a Javé (Cf. narração da compra da eira de Arauna por David; 2 Sam 24, 16-25; 1 Cr 21, 25). David projeta construir um Templo junto do seu palácio (2 Sam 7-1-4); Deus rejeita este plano (2 Sam 7, 6-12), através do profeta Natan.
A unidade do reino de Javé e de Salomão encontrou a sua expressão na união entre Templo e palácio real. Apesar do Templo, sabia-se que Deus não precisa de uma casa de pedra (1 Rs 8,22-28) e que só por misericórdia Ele enche o Templo com a Sua glória (1 Rs 8, 10s). Todavia, ameaçava o perigo duma falsa segurança que se manifestava numa confiança supersticiosa (Jer 7, 4). Pensavam que Deus estava obrigado a proteger o Seu santuário. E por isso também a cidade. O Templo é o teatro da vocação profética (Is 6),