HISTÓRIA SOCIAL DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA”

2902 palavras 12 páginas
Parte 1 – O Sentimento da Infância

Capítulo 5 - Do Despudor à Inocência

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Sec. XVI e início XVII – liberdade com que se tratavam as crianças, das grosserias das brincadeiras e da indecência dos gestos cuja publicidade não chocava ninguém.
Durante seus três primeiros anos, ninguém desaprova ou vê algum mal em tocar por brincadeira em suas partes sexuais.
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Essas brincadeiras não eram restritas à criadagem ou a jovens desmiolados ou a mulheres de costumes levianos, como a amante do Rei. A Rainha, sua mãe, também gostava dessa brincadeira.
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Entre cinco e seis anos, as pessoas pararam de se divertir com as partes sexuais do Delfim.
Enquanto isso, porém, ele começou a se divertir com as dos outros. criadas que havia dormido tarde na noite anterior, certa manhã ainda estava deitada numa cama ao lado da sua (seus criados, às vezes casados, dormiam em seu quarto, e a presença do menino não devia incomodá-los muito). "Ele brincou com ela", mandou que ela mexesse os dedos dos pés com as pernas para cima e "mandou sua ama buscar uma vara para bater em seu traseiro, no que foi obedecido... Sua ama perguntou-lhe: - Monsieur, o que vistes de Mlle Mercier?
- Ele respondeu friamente: - vi sua bunda. - Que mais? - Ele respondeu friamente e sem rir que havia visto sua vagina." Em outra ocasião, ele "brincou com Mlle Mercier, e me chamou (Heroard), dizendo-me que a Mercier tinha uma vagina deste tamanho (mostrou seus dois punhos) e que havia água dentro".

A partir de 1608, esse gênero de brincadeira desaparece: o Delfim se tornara um homenzinho - atingindo a idade fatídica de sete anos - e era preciso ensinar-lhe modos e linguagem decentes.
Quando lhe perguntam por onde nascem as crianças, ele responde, como a Agnès de Molière,que e pela orelha.

O menino de 10 anos era forçado a se comportar com uma compenetração que ninguém pensava em exigir de um menino de cinco. A educação praticamente só começava depois dos sete anos. E esses

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