HISTORIA - RESENHA
Igualdade e hierarquia na vida cotidiana brasileira a partir da leitura de crônica de Antônio Prata
A ideia de estratificação da sociedade brasileira é algo que persiste desde os tempos de Cabral, assim como a permanência do sistema de castas na Índia, que é regida pela idéia da hierarquia. Como deixa claro o autor, há uma comparação entre uma sociedade ocidental moderna (onde o Brasil estaria inserido) e uma sociedade indiana (entende-se como uma sociedade arcaica).
No Brasil, a ideia de igualdade pode muitas vezes não ser visto como algo comum ao nosso cotidiano. Assim como fica claro na crônica de Mario Prata, a sociedade brasileira não é permeada pela questão da igualdade, é nítido que há a diferenciação seja pela cor, pela condição social ou pela posição de poder que uma pessoa pode exercer.
A concepção do “olha com quem está falando” é quase que aceita de forma naturalizada pela sociedade brasileira, dita moderna (segundo Dumont), isso fica claro, quando muitas vezes um empregado em condições de vulnerabilidade é instado a procurar o “seu lugar social”. Não é incomum relatos de casos onde empregados domésticos, motoristas de ônibus, ou pessoas negras são hostilizadas por aqueles que acham que estão no topo da “pirâmide social”. Até mesmo a ideia de classe média hoje é repelida por aqueles mais abastados, já que há alguns anos, essa parcela da sociedade era aquela que estava á beira de se tornar o novo rico, o novo emergente, hoje a “nova classe média” é considerada a parte da sociedade em ascensão, pessoas que saíram de uma condição de pobreza para ter mais condições de aquisição e quiçá uma melhora da qualidade de vida, contudo isso não é visto com bons olhos por aqueles que se sentem de alguma forma mais privilegiados.
A questão que se apresenta aqui é: qual a diferença visível entre uma sociedade chamada moderna, porém, onde a estratificação e a diferenciação social são posta a olhos vistos, e uma sociedade como