Historia, memoria e cultura
Nilvon Batista de Sousa Brito
Antonia Claudia de Carvalho Rocha
1. A partir dos debates em sala de aula, procure argumentar sobre a reflexão teorico-metodológica em torno da relação entre história, memória e cultura, procedimento de pesquisa, trabalho com as fontes e interpretação. Faça esta discussão levando em conta possíveis contribuições para a produção do conhecimento histórico no Brasil.
A criação da revista Annales inspirou mudanças na produção historiográfica de diferentes países, inclusive o Brasil direcionando o interesse dos historiadores em produzir uma narrativa das atividades humanas em detrimento de uma narrativa dos grandes feitos heróicos e políticos. Nessa perspectiva, ampliaram-se as fontes históricas, agora para a construção da história do homem no tempo era necessária mais que documentos oficiais. Até algum tempo atrás, os historiadores acreditavam que as únicas fontes confiáveis sobre o passado humano eram os documentos escritos, datados e autenticados. Como cartas, testamentos, obras filosóficas ou literárias, registro de terras registros paroquiais de nascimento etc. Hoje, depois da revolução historiográfica francesa, como bem definiu Peter Buck, o entendimento de fontes históricas passa a ser tudo que registra a presença do homem no planeta, não só os vestígios matérias mas também os vestígios de memória, onde por meio da história oral o historiador grava os depoimentos e depois os transcreve.
Essa maneira de estudar história, segundo VAINFAS, só foi possível devido a ruptura, por parte dos historiadores dos annales com uma história positivista: “Contra tal historia historicizante, Febvre e Bloch opunham uma assim chamada historia nova, uma historia problematizadora do social preocupada