Historia dos surdos no mundo

História dos surdos no mundo.
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Eduardo Figueira Rodrigues

Contam alguns autores, como Goldfeld (1997), Moura (2000), Skliar (1997),
Soares (1999), que nos séculos X a IX a.C. as leis permitiam que os bebês que tinham sinais visíveis de deficiência fossem lançados ao monte Taigeto ou eram abandonados nas estradas para morrerem.
Os Gregos consideravam que as crianças que nasciam surdas eram incompetentes porque não ouviam, não falavam, então não tinham capacidade de pensar e aprender, pois não podiam receber ensinamentos.
No Egito e na Pérsia, as pessoas surdas eram consideradas como criaturas privilegiadas, acreditavam que eram enviados dos deuses, pensavam que se comunicavam em segredo com os deuses. O povo os protegia, eram respeitados e os adoravam, embora os surdos não fossem educados e tinham uma vida inativa.
Já os Romanos acreditavam que os surdos não tinham competência para falar e as leis não os amparavam. As pessoas surdas naquela época, não podiam fazer testamentos e precisavam de um curador para seus negócios. Os surdos eram tidos como incapazes de gerenciar seus atos, perdiam suas condições como seres humanos e eram confundidos com os retardados. Não podiam se casar, pelo menos até o século XII.
De acordo com a história, na idade média os surdos não tinham um tratamento digno ainda. Os surdos eram considerados sujeitos estranhos e objeto de curiosidade da sociedade. A explicação para não permitir o casamento de pessoas surdas era que havia uma proibição bíblica (no Antigo Testamento), assim como também não podiam receber a comunhão e nem se confessar.
No século XVI, um médico italiano, Girolma Cardamo (1501-1576), se interessou pelos estudos de nariz, ouvido e cérebro e afirmou que os surdos podiam e deveriam receber instrução, pois acreditava que os surdos eram capazes de ler e escrever sem precisar da fala, até mesmo aqueles que eram nascidos sem audição.

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Professor Especialista em Língua portuguesa, Gestão