Resumo de ''Libras? Que língua é essa?''
O livro nos mostra que diferente dos que muitas pessoas pensam, a língua de sinais não é universal. Nos Estados Unidos, os surdos ‘falam’ a língua americana de sinais; na França, a língua francesa de sinais, e assim por diante. Devemos saber que em qualquer lugar em que haja surdos interagindo, haverá línguas de sinais.
O fato da língua de sinais ser artificial é apenas uma crença, pois ela é natural e evoluiu como parte de um grupo de cultura do povo surdo. Ela tem estrutura própria e é autônoma, ou seja, independe de qualquer língua oral em sua concepção linguística.
O livro nos informa de que os surdos foram privados de se comunicarem em sua língua natural durante séculos. Padden e Humphries(1988) mostram que a maioria das escolas, proibiam o uso da língua de sinais para a comunicação entre surdos, forçando-os a falar e fazer leitura labial. Quando desobedeciam, eram castigados fisicamente e tinham as mãos amarradas dentro das salas de aula. Ou seja, eles sofreram preconceito e maus tratos dentro de um dos lugares onde mais deveriam apoiá-los e ensiná-los. O surdo pode e desenvolve suas habilidades cognitivas e linguísticas (se não tiver outro impedimento) ao lhe ser assegurado o uso da língua de sinais em todos os âmbitos sociais em que transita. Não é a surdez que compromete o desenvolvimento do surdo, e sim a falta de acesso a uma língua. A ausência dela tem consequências gravíssimas: tornar o indivíduo solitário, além de comprometer o desenvolvimento de suas capacidades mentais. É comum as pessoas falarem que o surdo é muito irritado, agressivo e até mesmo débil