historia
Depois da chegada dos jesuítas ao Brasil, certamente o mais célebre missionário franciscano foi o irmão leigo Frei Pedro Palácios. Ele dedicou-se, em primeiro lugar, à vida contemplativa. Mas a interrompia, periodicamente, para implantar a fé cristã entre os indígenas e conservá-la entre os europeus residentes no Brasil.
Doze anos de vida exemplar e de marcada influência religiosa sobre os filhos da terra e os imigrantes da região de Vila Velha foram suficientes para perpetuar a sua figura de apóstolo, pelos séculos afora.
Frei Pedro Palácios deve ter nascido nos anos de 1500, em Mediria, perto de Salamanca, na Espanha. A respeito de sua origem familiar, não há dados certos. Ingressou na província franciscana de São José.
Mais tarde, passou para a Custódia Portuguesa da Arrábida que aderiu à reforma de São Pedro de Alcântara. Os religiosos da Arrábida se entregavam, de preferência, à vida de penitência, em eremitérios.
Os franciscanos da Arrábida estavam encarregados dos cuidados do hospital Real de Lisboa, ou seja da Santa Casa de Misericórdia. Lá Frei Pedro se dedicou por vários anos à assistência aos doentes. Mais tarde, a seu pedido, e com a permissão do Custódio Frei Damião da Torre, viajou para o Brasil, na qualidade de missionário, onde pretendia pôr em prática os ideais de São Pedro de Alcântara, vivendo como eremita e trabalhando como missionário.
Trouxe consigo um artístico painel de Nossa Senhora dos Prazeres. O ano exato e as circunstâncias da sua travessia do Atlântico continuam desconhecidos.
Frei Pedro desembarcou em Salvador da Bahia onde iniciou a sua atividade missionária. O pe. José de Anchieta, S.J., grande admirador de Frei Pedro, refere a sua estadia e a sua atividade em Salvador, como também depois em Vila Velha, na Capitania do Espírito Santo.
Vale a pena transcrever o texto: “Na Capitania do Espírito Santo, há duas vilas de portugueses, perto uma da outra meia légua por mar. Em uma delas, que está na barra e