Historia do turismo
por JOÃO DOS SANTOS FILHO
Bacharel em Turismo pelo Centro Universitário Ibero-Americano (UNIBERO) e Bacharel em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). Mestre em Educação: História e Filosofia da Educação pela PUC/SP. Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Embratur omite a verdade, sobre a história do turismo: faz leitura “politicista” dos fatos
Até aqui, todas as concepções históricas recusaram esta base real da história ou, pelo menos, consideraram-na como algo de acessório, sem qualquer ligação com a marcha da história. É por isto que a história foi sempre descrita de acordo com uma norma que se situa fora dela.
(MARX. Ideologia Alemã, p. 50, 1976).
Nesses anos, em que estamos estudando, investigando e escrevendo sobre os problemas do turismo brasileiro, deparamo-nos de forma persistente com antigos e velhos obstáculos; tropeçamos, caímos, levantamos e tentamos nos aprumar diante da mesmice improvisada e o desvio de rumo no trato do turismo pelo poder público. Depois de recompormos e equilibrar-nos lutamos para que o discurso irracionalista no turismo não ganhe espaço, pois desde a criação da Embratur em 1966 o ufanismo, a sandice e a galhofa, fazem parte das matrizes que formatam as políticas públicas em turismo no Brasil.
A memória histórica deste país sofreu um processo constante de amnésia, encolhimento e ocultação rejeitando sua própria história e impondo uma outra, de perfil militar cultivando e inculcando junto às gerações; a ideologia do golpe militar (anticomunista) que idealizava um Brasil potencia e cantava a musica Ninguém segura esse país para a construção do Estado fascista. Deixaram profundas seqüelas no conjunto da sociabilidade nacional, ainda hoje sentida, quando nos deparamos com a exposição chamada; 40 anos Embratur: Um passeio pela história do turismo no Brasil.
Marx diria que a história é