Historia do Mercadao
O Mercado Municipal Paulistano foi construído para substituir o mercado velho que ficava na rua 25 de Março, local onde os comerciantes vendiam seus produtos ao ar livre. Hoje, nas barracas do municipal pode-se encontrar de tudo: frutas, verduras, carnes, peixes, sementes e cereais, além dos tradicionais sanduíches de mortadela e pastéis de bacalhau.
Em 1924, com o crescimento da cidade, foi aprovada uma lei autorizando a construção de um novo mercado. O Mercado Central, como é conhecido hoje, talvez tenha sido o último dos grandes edifícios que foram erguidos a partir do final do século XIX para que a cidade consolidasse cada vez mais suas imagens de “Metrópole do Café”.
O responsável por sua construção foi o arquiteto de origem portuguesa Francisco de Paulo Ramos de Azevedo (1851 — 1928). Ele tinha o mais conceituado escritório de arquitetura da época — e elaborou também o teatro Municipal, o Palácio das Indústrias, a Pinacoteca, os Correios, Telégrafos e o Colégio Sion. Em seu escritório trabalhavam portugueses, brasileiros e italianos, entre eles Felisberto Ranzini, que desenhou as fachadas do Mercado.
O estilo da construção escolhido foi o uso de fachadas sóbrias, com colunas internas e externas em estilo grego, jônico ou dórico. Telhas de vidros, clarabóias e vitrais complementam o conjunto, criando uma perfeita iluminação natural.
A execução dos vitrais foi entregue ao artista russo Conrado Sorgenicht Filho, cujo trabalho também pode ser apreciado na Catedral da Sé e em outras 300 igrejas brasileiras. Ao todo são 32 painéis, subdivididos em 72 vitrais. Nestes vitrais, pode-se ver o trabalho manual do colono através de suas obras compostas por paisagem de cultivo e colheita, tração animal para o arado e para transporte além da criação de gado e de aves.
Da pesquisa à execução, Conrado levou quatro anos. Contudo, o arquiteto brasileiro Ramos de Azevedo não veria terminada a sua construção, vindo a falecer em 1928,