Historia da Psicologia
Raízes Filosóficas e Fisiológicas da Psicologia
Tudo começa na Antiguidade Clássica, com os pré-socráticos e suas especulações sobre a natureza da realidade sensível, as origens e atributos do mundo físico. Sócrates faz da Filosofia um exercício de questionamento sobre o saber; Platão discute a essência da alma, o mundo das idéias. Já Aristóteles escreve um tratado especulativo sobre temas como personalidade e a percepção, chamado “Sobre as Almas”. Nesta fase, a Filosofia desloca suas perguntas para a natureza da alma, isto é, da totalidade psíquica ou consciência humana; pressupondo esta imortal. No período de miscigenação cultural, surgiram alguns núcleos filosóficos, como Epicurismo, Estoicismo, Ceticismo e Neoplatonismo, tendo em cada um deles suas próprias características e fundamentos. Precursor das escolas helenistas, o Epicurismo radicalizava a concepção materialista de Aristóteles e negava qualquer possibilidade de influências sobrenaturais ou de realidades incorpóreas. Os epicuristas passavam uma mensagem de eliminação de sofrimento, onde a força da imaginação é tão grande que poderia superar todas tristezas e dores. O Estoicismo foi fundado por Zenão e trazia uma grande bagagem do Epicurismo, já que Zenão havia sido discípulo de Epicuro. Os estóicos se preocuparam principalmente com a ética, acentuando a vontade humana como capacidade de negar os impulsos, objetivando a firmeza da alma. Deixaram escritos também sobre lógica, sensação e representação, linguagem, retórica, física, liberdade e antropologia, sendo muito divulgado na época e exercendo grande influência sobre os romanos, inclusive o Imperador Marco Aurélio. Entendido como a dúvida radical sobre o conhecimento verdadeiro, o Ceticismo defendia que nossos juízos sobre a realidade são baseados em sensações mutáveis, tornando assim impossível averiguar a veracidade de