Historia da educação de surdos
Fabiana Lopes Coelho Garcia
Os relatos existentes sobre a educação de pessoas surdas estão inseridos num contexto mundial que passou por inúmeras transformações até chegarmos, hoje, ao entendimento da inclusão. A prática do ensino às pessoas com necessidades especiais data do século XIX onde o atendimento inicial possuía caráter assistencialista que se sobrepunha ao educacional em instituições especializadas.
Com as revoluções Francesa e Industrial, os estudos desenvolvidos por Vygotski e as mudanças na mentalidade da sociedade, as instituições passaram a atender os alunos especiais em parceria com serviços de saúde e escolas regulares por entender que possuíam capacidade de aprender ofícios, adquirir conhecimento e contribuir com o desenvolvimento social de alguma forma.
A educação dos surdos, especificamente, passou por um período em que a oralização era enfatizada. Muitos estudiosos europeus se frustraram na tentativa de ensinar as pessoas surdas a falar entre eles estão Pedro Ponce de Leon e Juan Pablo Bonet no século XVII. Na França do século XVIII foram introduzidos os “gestos” língua de sinais e Charles Michel de L’Epeé transformou a própria casa em escola para surdos visando o ensino da leitura e escrita através do alfabeto manual. Esse trabalho foi reconhecido passando a chamar-se Instituto Nacional de Paris.
No Brasil os primeiros atendimentos educacionais especiais para surdos foram registrados a partir de 1857, quando inaugurado o Imperial Instituto de Surdos-Mudos que hoje é conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos-INES. Destacamos Edward Huet, surdo francês, que desenvolveu o trabalho como primeiro coordenador do INES reproduzindo o modelo europeu.
Porém, em 1957 a língua de sinais foi proibida nas escolas brasileiras e, ainda na década de 1970, praticava-se o oralismo.
Somente com as discussões e transformações em relação às Políticas Nacionais de Educação é que surgiram as