História da Educação dos Surdos
A história da educação de surdos tem cerca de 500 anos. Antigamente, o surdo era visto como um ser irracional e primitivo. Eram pessoas castigadas e enfeitiçadas, tratados como doentes privados de alfabetização e instrução, forçados a realizarem os trabalhos mais desprezíveis. Eram considerados pela lei e pela sociedade como imbecis, sendo proibidos de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas.
Até a Idade Moderna não havia notícias de experiências educacionais com as crianças surdas. Há registros de que, no início do século XV, pessoas ouvintes tentaram ensinar os surdos, usando sinais e linguagem escrita, como o italiano, médico e matemático, GEROLAMO
CARDANO (1501-1576), o qual declarou que os surdos poderiam ser ensinados a ler e escrever sem a utilização da fala e inventou um código para ensinar essas pessoas.
O primeiro professor de surdos da história foi o monge beneditino, PEDRO PONCE DE LEON (15201584). Ele fundou num Mosteiro, perto de
Madrid/Espanha, a primeira escola para surdos do mundo, porém apenas os filhos da nobreza podiam frequentá-la. Seu método era ensinar, aos surdos, como escrever enquanto apontava com o dedo o objeto que estava a ser representado por meio da escrita, através da repetição frequente e vocalização das palavras. O monge utilizava um alfabeto manual que seria um modo de soletrar no ar, formando letras com os dedos. Também divulgou uma metodologia fonética de alfabetização, que diminuía o alfabeto para 21 sons. Outro registro importante que trata de experiência educacional com surdos foi em 1620, na Espanha, quando o filólogo, JUAN PABLO BONET (15791633) escreveu seu livro Reduction de las letras y arte para ensenar a hablar los mudos, publicando, pela primeira vez, o alfabeto da língua de sinais.
Nessa obra, Bonet contrariava os métodos brutais e de gritos para ensinar aos surdos. Seu método era o mesmo de Leon, ensinava o