historia da didática
Queliane Andrade Da Silveira
O ensino superior no Brasil do período colonial até o contexto da Ditadura Militar. Mediante pesquisa bibliográfica objetivamos ressaltar que a história da educação superior no Brasil não pode ser analisada sem considerar-se sua relação com o desenvolvimento sócio-histórico brasileiro e que tal história é marcada pelo elitismo e pela exclusão, com implicações semelhantes em nossa educação e conseqüentemente no ensino superior.
1 - Ensino superior no período colonial: um surgimento tardio e elitizado
O ensino superior no Brasil colonial foi tardio e decorreu de uma mudança na estrutura política do Estado português que aqui se instaurou com a vinda da Coroa portuguesa em 1808. Seu caráter não-universitário e profissionalizante foi determinado pelos interesses da elite que aqui aportou com D. João VI. Isso deixa evidente que no período colonial, não possuíamos universidades, mas sim cursos profissionalizantes de nível superior. Possuíamos um ensino superior, sem vinculação entre teoria e prática, elitista e funcional aos interesses dominantes. Pouca coisa mudaria com o Império no que tange a essa caracterização do ensino superior brasileiro.
2 - Ensino superior no período imperial: a continuidade da tradição aristocrática excludente.
Segundo Ghiraldelli Junior (2008) o ensino no império foi estruturado em três níveis: primário, secundário e superior. O primário era a “escola de ler e escrever”, que ganhou um incentivo da Côrte e aumentou suas disciplinas consideravelmente. O secundário se manteve dentro do esquema das “aulas régias”, mas ganhou uma divisão em disciplinas, principalmente nas cidades de Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro. D. Pedro I outorgou a nossa primeira Constituição, a de 1824. Essa carta constitucional continha um tópico específico em relação à educação. Ela inspirava a idéia de um sistema nacional de educação. Segundo ela, o Império deveria possuir escolas primárias,