Historia da Africa
A memória de Buumi Jeleen e dos Njaay na Ilha de Santiago (séculos XV-XVIII)
-As estreitas relações estabelecidas entre o arquipélago de Cabo Verde, em particular, a ilha de Santiago, e este espaço estão na origem de um corpus textual autônomo que é fundamental para o estudo das sociedades africanas e de suas conexões com aquele arquipélago nos séculos XVI e XVII.
-Os relatos mais bem informados foram na sua quase totalidade de autoria de práticos → André Alvares Almada, André Donelha, Francisco de lemos Coelho
→Partilhavam um saber fundado na experiência direta de comerciantes e na circulação oral da informação, por vezes sob a forma de tradições transmitidas quer na costa africana, quer na própria Ilha de Santiago, por africanos de diversas proveniências, portugueses e lusos- descendentes.
→O peso da oralidade africana na construção desses textos constitui um dos indícios mais evidentes dos laços identitários entre as ilhas de Cabo verde e a Costa da Guiné.
- Avelino Teixeira da Mota → já notara o reflexo das tradições correntes nos textos portugueses.
-Yoro Fall → chamara atenção para a importância da oralidade africana nestas fontes.
-Jean Boulégue → utilizando-a para analisar as estruturas políticas e sociais dos Jolof nos séculos XV a XVII , admitira a possibilidade de ter ocorrido uma trasmissão cabo-verdiana das tradições sobre os wolof.
-temática que Horta pretende abordar: as tradições de matéria wolof transmitidas na Ilha de Santiago entre os séculos XV e XVI.→ Análise comparada de dois conjuntos de tradições registradas por Donelha (matéria fula) e Almada (matéria wolof).
Donelha – História da invasão dos fulas do Fuuta Tooro(liderado por Dulo Demba).
Almada- Tradição sobre a regra de descendência matrilinear no seio da realeza wolof (parábola do rei leproso) → Donella justapôs outra tradição, relacionada com o acontecimento histórico.
-Conclusão: em ambos os caso, as mesmas