historia açucareira
Nas principais regiões produtoras de açúcar, litoral da Bahia e de Pernambuco, foram rapidamente instaladas dezenas de unidades produtoras, os engenhos.
Entendido como o conjunto formado pelas terras (canaviais, pastagens e matas) e demais instalações onde se processava a produção do açúcar, o engenho era o centro de gravitação da vida do mundo açucareiro. Ao lado destes, existiam também as pequenas unidades, voltadas para a produção de melaço, rapadura e aguardente, denominadas engenhocas ou molinetes.
Engenho de Cana-de-açucar
Enquanto unidade industrial, ou seja, o conjunto dos equipamentos que transformava a cana em açúcar, os engenhos podiam ser de dois tipos: o real, movido pela força água, e o trapiche, impulsionado pelos animais. As instalações que formavam a grande unidade produtora recebiam a denominação de casas, cada uma delas envolvida num determinado estágio do processo produtivo: a casa da moenda, a casa das fornalhas e a casa de purgar, entre outras.
No mundo açucareiro existiam diversos tipos de fazendas ou propriedades. A grande propriedade senhorial, ou engenho, constituía-se de quatro edificações que caracterizavam a época: a casa grande, a capela, a senzala e o engenho, propriamente dito. Além desta, havia também as fazendas livres, médias e pequenas propriedades, e as fazendas obrigadas, que eram terras cedidas pelos senhores-de-engenho a um colono, com a obrigação de moer a sua cana no engenho do senhor, deixando com ele mais da metade da sua produção.
Essa organização econômica definiu as feições da colônia nos primeiros séculos da História do Brasil, gerando uma sociedade patriarcal, conservadora, escravista, em crescente miscigenação com indígenas e escravos e rigidamente estratificada, geradora da imobilidade social.
O declínio da economia açucareira
Na segunda metade do século XVI, teve início o processo de decadência da economia açucareira, diretamente relacionada à concorrência da