historia antiga
Toda memoria tem como condição um grupo e é condição do grupo, fala sobre permanência e é condição de permanência. Assim, a memória é construída por partes emprestada desses grupos mas sua montagem é única, a memória é social mas sua construção final é individual. A memória individual é o ponto de vista da memória coletiva através da construção social da memória, por isso a memória individual existe sempre a partir de uma memoria coletiva.
Para Halbwachs a memória tem sempre uma autonomia, é construída de forma coletiva, harmônica e orgânica (natural da sociedade). Os pontos de referência em si mesmo são memória, e se esses pontos de referência deixam de existir, a memória se perde.
Para Pollak, silencio não é sinônimo de esquecimento, o não dito é uma escolha, e assim lembranças traumáticas são silenciadas, tornando-se memorias subterrâneas, quase imperceptíveis.
De acordo com quem intervêm no trabalho de constituição e formalização das memorias, ocorrem seletividades dessas memorias tornando umas mais importantes que outras, ou enquadrando-as como afirma Henry Russo.
Para Pollak memória coletiva é enquadrada e não o produto usual de uma vida em grupo excretada naturalmente com diz Halbwachs, existem memórias que se impõe e que são impostas como o caso para ele da memória oficial. A partir dessa diferença entre memoria oficial e memória subterrânea é gerado uma disputa de memorias que garante assim a afirmação de determinadas identidades em detrimento de outras.
Todovov distingue os bons e os maus uso da memória, para ele a memória também é seletiva e o passado indispensável, ele enxerga duas maneiras de ver um acontecimento recuperado pela história: Literalmente ou exemplarmente. A memória literal ou singular converte em insuperável o acontecimento, incomparável. O evento é identificando em sua totalidade, identificando causas e consequências,