Hist Rico Cl Nico

Histórico Clínico: Complicações no pós-operatório recente de angioplastia coronária são indesejadas nos laboratórios de hemodinâmica. Dentre as mais temidas está o sangramento intracraniano. No contexto de angioplastia coronária recente com complicações hemorrágicas neurológicas, o grande desafio é decidir entre manter ou suspender a antiagregação plaquetária.
Trata-se de paciente do sexo feminino, de 60 anos, hipertensa e obesa com diagnóstico de angina instável, submetida a coronariografia que evidenciou lesões graves nas coronárias direita, descendente posterior e circunflexa. Optado por tratamento percutâneo estadiado com primeira intervenção na coronária direita.
Angiografia: Coronariografia evidenciou lesões graves nas coronárias direita, descendente posterior e circunflexa. Optado por tratamento percutâneo estadiado com primeira intervenção na coronária direita. (Vídeo 1 )
Intervenção: Realizado angioplastia coronária com implante de duplo stent convencional no terço médio da direita, pós dilatado com balão NC. (Vídeo 2 , Vídeo 3 e Vídeo 4 )
Após a retirada da bainha femoral, apresentou hipertensão descontrolada com níveis tensionais de até 220/110 mmHg. Na manhã após a angioplastia estava confusa e com queixa de tontura, porém sem sinais focais. A tomografia de crânio-encéfalo mostrou hematoma intraparenquimatoso a nível do cerebelo com 3,5 mm de diâmetro. Admitida em unidade intensiva e com controle da pressão arterial com nitroprussiato de sódio e boa evolução neurológica e com controles tomográficos sem expansão do hematoma e sem evidência de hidrocefalia. Mantido sem AAS e clopidogrel por três dias e reiniciado após excluída necessidade de tratamento neurocirúrgico. (Imagem 1, Imagem 2 e Imagem 3)
Resultado/Conclusões: Os dados encontrados na literatura relacionando antiagregação plaquetária após angioplastia coronária e hematoma cerebral intraparenquimatoso são escassos e controversos. A diretriz da American Heart Association/American Stroke