HIS Luciano C.

O cidadão grego se inscreve num cenário, entre os séculos V e IV, modificado pela estrutura montada após as reformas de Clístenes. No entanto, Luciano Cânfora denota a problemática do termo DemoKratus, ou seja, o governo como direção familiar. Quando os gregos já estavam em plena constituição da força da Eklésia, os romanos constituíam sua sociedade no Lácio, cuja base estava ligada à vida no campo. “Dionísio Halicarnasso continua dizendo-nos que, a fim de atrair mais imigrantes, Rômulo promete conceder-lhes o direito de cidadania e de compartilhar com eles as terras conquistadas, o que representa como que o resgate de uma dívida pública. Tito Lívio faz alusão a esse afluxo de estrangeiros. Segundo esse autor, tal aglomerado de indivíduos não está de forma alguma preparado para um regime republicano, e menos ainda democrático, felicitando-se então pelo fato de estar o governo de Roma, nessa época, confiado a reis.”

Tendo em vista os perfis acima mencionados, ou seja, o grego e o romano no que se refere à justificação do pertencimento, discuta o significado de um lado, aretêpolitheia na Pólis e juisciviles na Urbs.

NORBERT, Rouland. Roma, democracia impossível? Trad. de Ivo Martinazzo. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1997. 1a edição (1981).p. 35.

A Areté é apontada como uma forma de educação na Grécia que era dada apenas aos nobres, e trazia o conceito da idéia de um homem guerreiro capaz de intervir no meio político e social, e deixar seus grandes feitos ao longo da história sendo eticamente justo. Essa educação dada aos homens pregava que a razão deveria ser superior aos desejos e as paixões. Para os espartanos, a perfeição física e a coragem eram pilares importantes dessa educação, porém obediência ás leis era importante para se firmar o ideal de homem e soldado perfeitos. Já em Atenas, essa educação fundava em participar de aulas de musica e ginástica e manter o rigor das leis. Porém, com o surgimento da Polis entre os séculos