Hipóteses da escrita
Ao compreendermos que a criança chega à escola trazendo muitos "saberes" sobre leitura e escrita, construídos a partir das suas vivências, estamos possibilitando que ela faça leituras e escritas segundo suas possibilidades e de acordo com os conhecimentos que foram construídos até aquele momento.
As pesquisas realizadas por Emília Ferreiro mostram-nos que a criança aprende a ler e a escrever porque é desafiada a confrontar suas hipóteses sobre leitura e escrita com outras possibilidades (convencionais) que serão oferecidas pelo professor.
As pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky apontam para as hipóteses que a criança constrói neste processo. Estas hipóteses estão descritas em seu livro: ''A Psicogênese da Língua Escrita": .
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA:
CARACTERÍSTICAS:
- Para a criança escrever e desenhar tem o mesmo significado.
- Ela não relaciona a escrita com a fala.
- Não diferencia letras de números.
- Ela reproduz traços típicos da escrita de forma desordenada.
- Supõe que a palavra representa o objeto e não o seu nome.
- Acredita que coisas grandes têm um nome grande e coisas pequenas têm um nome pequeno (realismo nominal).
- Usa as letras do nome para escrever tudo.
- Não aceita que seja possível escrever e ler com menos de três letras.
- Leitura global: lê a palavra como um todo.
EXEMPLO:
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
- Que sinais eu uso para escrever palavras?
- Conhecer o significado dos sinais escritos.
AVANÇOS:
- Diferenciar o desenho da escrita.
- Perceber as letras e seus sons.
- Identificar e escrever o próprio nome.
- Identificar o nome dos colegas.
- Perceber que usamos letras diferentes em diferentes posições.
ATIVIDADES FAVORÁVEIS:
- Desenhar e escrever o que desenhou.
- Usar o nome em situações significativas: marcar