HIPOTESES DE ESCRITA

1274 palavras 6 páginas
A CONSTRUÇÃO DO SISTEMA ALFABÉTICO DE REPRESENTAÇÃO PELA CRIANÇA

Professor(a), você sabe como aprendeu a ler e a escrever? E como as crianças aprendem? Em que momento elas aprendem? Por quais caminhos? Qual a melhor idade para serem alfabetizadas? Em que momento devemos fornecer informações às crianças sobre o nosso sistema de representação? A partir de que vamos ensiná-las? Devemos, em primeiro lugar, mostrar-lhes as letras? Como? Por meio do alfabeto ou de palavras significativas para elas? Como agir agora com o ingresso das crianças no ensino fundamental aos seis anos? Devemos esperar que elas já cheguem alfabetizadas? Ou, ao contrário, como terão mais tempo para aprender, não será preciso antecipar esse aprendizado? Essas e muitas outras perguntas devem estar preocupando tanto professores como pais de crianças de seis anos.
Em vários momentos, destacamos a importância de saber o que as crianças dominam, com relação à leitura e à escrita, quando entram na instituição escolar. Em outros artigos, afirmamos que as crianças não esperam nem pedem licença para aprender. Dissemos também que, para fazer intervenções adequadas e ajudar a criança nesse processo, o professor precisa entender como é que elas aprendem. As contribuições do construtivismo e da psicogênese da língua escrita nos ajudam a conhecer melhor esse processo.
O construtivismo é a teoria psicológica que mostra como a criança aprende; não é um método, nem propõe um método. A psicogênese da língua escrita, por sua vez, é a teoria que descreve a especificidade do caminho percorrido pela criança durante o aprendizado inicial da escrita, ou seja, da construção da base alfabética. Vygotsky tratou desse processo, o qual denominava “pré-história da linguagem escrita” e que, segundo ele, caracteriza as aquisições feitas pela criança antes do desenvolvimento de um trabalho intencional de alfabetização.

Emília Ferreiro, Ana Teberosky e colaboradores, ao pesquisar como se dá o processo de reconstrução do

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