Hipertexto

COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO

LUCIANO SILVA
MANOELA SOARES

ESTUDO DE CASO
O MAL-ESTAR DA PÓS-MODERNIDADE | ZYGMUNT BAUMAN
- INTRODUÇÃO E CAPÍTULO II -

A SOCIEDADE PÓS-MODERNA

A pós-modernidade é definida por muitos autores como a época das incertezas, das fragmentações, das desconstruções e da troca de valores. Observa-se que no século XX houve uma passagem de toda uma era histórica mundial da sociedade de produção para a sociedade de consumo. Por outro lado houve a fragmentação da vida humana; anos atrás os jovens, no momento em que ingressavam na vida adulta, começavam a planejar seu projeto de vida, hoje, sequer falam sobre isso, pois tudo é imprevisível, inconstante.
Ehrenberg – sociólogo francês – afirmou que a revolução pós-moderna começou em uma quarta-feira à noite de um outono da década de 1980, quando uma mulher comum, chamada Vivienne, em um talk show, na presença de seis milhões de telespectadores, declarou nunca ter tido um orgasmo durante seu casamento, porque seu marido Michel sofria de ejaculação precoce. Repentinamente, as pessoas começam a confessar coisas que eram a personificação da privacidade, coisas que apenas se contariam a amigos muito próximos. O que era privado na modernidade, torna-se público na pós-modernidade. A ideia de início da pós-modernidade, entretanto, diverge muito de autor para autor, pois cada um tem sua concepção de quando começou de fato a era pós-moderna, porque o pós-moderno não é uma tendência que possa ser delimitada com um marco histórico, mas é um modo de operar.
As sociedades também foram individualizadas nesse processo de transição (até agora inacabado). Em vez de pensar a qual comunidade pertence, a qual nação pertence ou a qual movimento político pertence, os indivíduos pós-modernos estão sempre redefinindo sua identidade, simultaneamente ao seu propósito de vida. Na modernidade tinham-se comunidades, hoje, têm-se redes. A comunidade precede o indivíduo, pois ele nasce