Hipertensao
Tratamento Não Farmacológico e Farmacológico da Hipertensão Arterial em Idosos.
Resumo
A prevalência de hipertensão arterial (HAS) na faixa etária acima dos 65 anos é maior que 60%. Estima-se que, nos Estados Unidos, 69% dos pacientes com antecedente de infarto agudo do miocárdio, 77% com antecedente de acidente vascular cerebral e 74% com histórico de insuficiência cardíaca tenham diagnóstico prévio de HAS.
Existem evidências consistentes suportando a recomendação para o tratamento em pacientes maiores que 60 anos de idade com redução na incidência de desfechos cardiovasculares mas persistem dúvidas em relação aos maiores que 80 anos. Recentemente a publicação do
National Institute for Heath and Clinical Excellence para o tratamento da HAS em adultos recomendou a prescrição de drogas anti-hipertensivas em pacientes idosos com menos de 80 anos e hipertensão estágio 1 na presença de Lesão em Orgão-Alvo, Doença Cardiovascular estabelecida, Doença Renal, Diabetes, Risco Cardiovascular em 10 anos maior ou igual a 20%. Para maiores de 80 anos a recomendação foi de tratamento medicamentoso a partir do estágio 2. A escolha da classe do anti-hipertensivo e a dose inicial deve levar em conta o risco de hipotensão postural bem como as co-morbidades associadas. Idealmente devemos começar com doses mais baixas que as utilizadas para a população geral, aumentar a dose de maneira gradual e em intervalos mais prolongados ou associar uma segunda classe também em doses inferiores, caso as metas não tenham sido atingidas. Apesar dos evidentes benefícios do tratamento ainda existem dúvidas em relação aos valores de PA que devem ser alcançados como meta.
Weimar Sebba Barroso Souza
Thiago Veiga Jardim
Sérgio Baiocchi Carneiro
Paulo César Brandão Veiga Jardim
Liga de Hipertensão Arterial – Faculdade de Medicina
/Universidade Federal de Goiàs, Brasil
Palavras Chave: Hipertensão Arterial, Idosos, Tratamento.