hipertensao gestacional
A hipertensão arterial é a doença que mais frequentemente complica a gravidez, presente em 5 a 10% das gestantes, sendo responsável pelo maior índice de morbidade e mortalidade materna e perinatal. Patologia que juntamente com as infecções e hemorragias formam a tríade que responde por várias mortes maternas e fetais (BARROS et al, 2006).
O diagnóstico precoce e preciso aliados ao tratamento adequado são fundamentais para melhorar os resultados maternos e perinatais. Na gravidez, os objetivos do controle e do manejo da hipertensão arterial são: proteger a mãe da hemorragia cerebral e dos danos da hipertensão, minimizar a prematuridade, manter a perfusão uteroplacentária a fim de evitar hipóxia, crescimento intrauterino restrito e óbito perinatal (BARROS et al, 2006).
Hipertensão gestacional
Refere-se ao aparecimento da hipertensão em consequência da gravidez, e que acontece após 20 semanas de gestação. Características: presença de pressão arterial diastólica > 90 mmHg, aumento da pressão diastólica acima de 15 mmHg do valor conhecido previamente, ausência de proteinúria, mulheres previamente normotensas e sem proteinúria, normalização no puerpério remoto após seis semanas.
Possibilidade de evolução clínica: 1. Pré-eclâmpsia quando a hipertensão associa-se à proteinúria. 2. Hipertensão arterial latente ou transitória (principalmente em multíparas).
Pré-eclâmpsia
Conceitua-se como pré-eclâmpsia, o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria em gestação acima de 20 semanas, podendo haver ou não edema. Anteriormente a este período, pode surgir acompanhando doença trofoblástica gestacional.
Presença de hipertensão e proteinúria. Nas formas leve ou grave: após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente normotensas e sem proteinúria, normalização no puerpério remoto, aumento da pressão arterial diastólica a 90 mmHg ou mais, aumento da pressão diastólica acima de 15 mmHg do valor conhecido previamente,