Hipersensibilidade
A reação de hipersensibilidade do tipo I é também chamada de imediata, não por acaso, já que dentro de 15 a 30 minutos após a exposição ao alérgeno o organismo começa a desencadear a reação aguda.
Essa reação pode envolver pele, olhos, nasofaringe, tecidos broncopulmonares e trato gastrointestinal, indo desde pequenas inconveniências até a morte.
Primeiro contato
Tudo começa com a primeira exposição ao antígeno (alérgeno). Ele é processado pelas células apresentadoras de antígeno (APCs) e seus peptídeos são apresentados aos linfócitos T CD4+.
Em seguida, esses linfócitos T CD4+ liberam citocinas que estimulam os linfócitos B a produzirem e secretarem anticorpos IgE específicos para aquele alérgeno.
A IgE recém-produzida liga-se com alta afinidade à membrana de mastócitos e basófilos, sensibilizando-os. Até aqui as reações são apenas moleculares e celulares, não causando sintomatologia.
Contatos subsequentes
Do segundo contato em diante, todas as vezes que o organismo do indivíduo entrar em contato com aquele alérgeno em específico terá uma reação aguda.
Sendo assim, quando há exposição subsequente ao mesmo alérgeno ocorre reação cruzada com aqueles anticorpos IgE ligados aos mastócitos e basófilos.
Essas células degranulam, liberando várias substâncias farmacologicamente ativas.
Dentre essas substâncias, encontram-se mediadores pré-formados (histamina, triptase, cininogenase, ECF-A, etc.) e mediadores recém-formados
(prostaglandinas, leucotrienos, PAF, etc.), além de fatores quimiotáticos, que atraem eosinófilos e neutrófilos para o local.
Reação aguda e crônica
A histamina e os mastócitos são os principais responsáveis
pela sintomatologia na fase aguda. A histamina é um potente mediador farmacológico com ação vascular e sobre a musculatura lisa, o que causa vasodilatação, broncoconstrição, contração do músculo liso e edema.
Nos processos crônicos