Poema improviso e édipo rei
Poema: Improviso – Li Tai Po por Haroldo de Campos.
Pelas palavras de campo semântico comum, o autor aproxima uma imagem, retrato. Cria-se ou se imita um corpo frágil, delicado e a designação o aponta como ela, uma mulher nos versos 9 e 11. À essa aproximação chamamos metáfora e como ela é extralingüística e emotiva podemos perceber nesta figura metafórica a rasgadura da linguagem em sua definição heideggeriana.
Bibliografia:
http://letras.terra.com.br/madan/438457/
Martin Heidegger, A Caminho da Linguagem. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. EDITORA VOZES 2003 EDITORA UNIVERSITÁRIA SÃO FRANCISCO.
Questão 3.
“Ó Édipo, dominador de minha pátria terra!” - Édipo como rei. P.5 l. 15
“Eu nasci de quem não deveria nascer(...)” - Édipo como filho de Laio. P.55 l. 4,5.
Nesses trechos, comprovou-se a virtude de Édipo. Já neste a seguir se comprova sua honra e soberba ao mesmo tempo: “Então, apareci eu, o ignorante Édipo, que, sem ser instruído pelo vôo das aves, lhe pus termo, por meio da inteligência.” P. 21 l. 8. Está comprovado que Édipo é um herói pois tem honra e virtude. Para comprovar ainda mais a hýbris de Édipo? “Não só por amor de mim e do deus (...).” – Édipo se põe na frente de Apolo. “Pensas, porventura, que poderás continuar a falar assim sem receber castigo?” P. 20 l. 3. – Édipo julga caluniosa a acusação de um oráculo que recebe do próprio Zeus interpretado por Apolo. Por tudo isso e agravado à sua harmatia e crime “(...) Tive relações com quem não deveria ter, e matei quem não deveria matar.” P.55 l.5, Édipo é castigado por sua própria hýbris, o que forma o enredo ideal de uma tragédia segundo Aristóteles.
Bibliografia:
A Poética clássica, Editora da universidade de São Paulo. Aristóteles, Horácio e Longino.
Tragédias do Ciclo Tebano, Sófocles, editora Livraria Sá da Costa.