Hipersensibilidade
O termos alergia foi inicialmente definido por Clemens Von Pirquet como “uma capacidade alterada do corpo de reagir a uma substância estranha”, o que era uma definição ampla que incluía todas as reações imunológicas. Nos dias de hoje, a alergia é definida de modo muito restrito, como “a doença seguindo uma resposta do sistema imune a um antígeno, sobre outros aspectos inócuo (que não danifica)”. A alergia faz parte de uma classe de respostas do sistema imune que são denominados de reações de hipersensibilidade; essas são as respostas imune nocivas que produzem lesão tecidual e podem ser responsáveis pela causa de uma série de patologias (doenças). De acordo com Combs e Gell, a hipersensibilidade é classificada em quatro tipos, tipo I, II, III e IV. A alergia é frequentemente enquadrada como sendo uma hipersensibilidade do tipo I (reações de hipersensibilidade do tipo imediata, mediadas por IgE). De acordo com a figura acima, podemos perceber que existem quatro diferentes tipos de hipersensibilidade mediadas por mecanismos imunológicos que lesam tecidos. Os tipos I – III são aqueles mediados por anticorpos que se distinguem pelos diferentes tipos de antígenos reconhecidos e pelas diferentes classes de anticorpos envolvidos. As respostas do tipo I são mediadas por IgE, que é responsável pela indução dos mastócitos (célula importante na defesa do nosso organismo), enquanto os tipos II e III são mediados por IgG, que podem “tomar” diferentes mecanismos efetores mediados pelo complemento e receptores Fc em vários graus, dependendo da substância de IgG e da natureza do antígeno envolvido. As respostas tipos II são dirigidas contra os antígenos da superfície da célula matriz, enquanto que as respostas do tipo III são dirigidas contra antígenos solúveis, e a lesão tecidual envolvida é causada pelas respostas desencadeadas pelos complexos imunes. A reação de hipersensibilidade tipo IV são mediadas por células T, que sofreram uma