HIBRIDISMO CULTURAL Peter Burke
Peter Burke (2003)
Introdução
Neste informe de leitura será discutido o ensaio de Peter Burke, Hibridismo Cultural (2003).
Peter Burke é um historiador inglês que nasceu em 1937. As principais linhas contidas em seus estudos são a História das Ideias, matéria que lecionou na Universidade de Sussex e História Cultural que leciona atualmente em Cambrige.
A presente obra se encaixaria perfeitamente, como diz o próprio autor, nessa segunda categoria; porém devemos sempre lembrar que a História das Ideias com toda sua subjetividade abrange em totalidade todos os segmentos histórico, pois é a partir dela, a mentalidade, que se cogita a formulação para que todo o mais passe a existir historicamente.
Como introdução aos seus estudos, Burke nos leva a observar o mundo à nossa volta, e chama atenção para o mundo moderno, todo cosmopolita com abundância de imagens e sonoridades, essa descrição de modernidade aponta para as tendências que o autor chama de crossover (técnica literária de misturar dois ou mais personagens de diferentes histórias e universos que interagem um com o outro), pot-porri (secções, de música ou temas, individuais que são simplesmente justapostos sem existir uma conexão trabalhada entre elas e sem existir repetição de temas) ou simplesmente hibridismo; palavra apropriada pelo autor para descrever a “ciclicidade” cultural. Voltaremos mais a frente com a explicação mais detalhada do conceito de Hibrido em Peter Burke.
Outro ponto importante dado a nós pelo autor é o termo cultura, que precisa ser definida nos termos de Burke, afinal, como entenderíamos “hibridismo cultural” sem compreender como o autor pensa cultural?!
Este ensaio se restringe a tendências culturais, definindo o termo cultura em um sentido razoavelmente amplo de forma a incluir atitudes, mentalidades e valores e suas expressões, conscientizações ou simbolizações em artefatos, práticas e representações. (BURKE, pg. 06. 2003)
O autor completa ainda dizendo que em um