HERTZBERGER
No capítulo 5 do livro o autor nos fala sobre como os arquitetos podem ajudar a construir e elaborar medidas a partir dos princípios das instalações para criar ambientes com maior senso de responsabilidade e, consequentemente, um maior envolvimento no arranjo e na mobília de uma área, a fim de tornar os usuários verdadeiros moradores.
Para ilustrar tal ideia foi utilizada duas escolas como exemplo:
A Escola Montessori, Delft (44-47), possui salas de aula elaboradas como unidades autônomas, todas localizadas ao longo do hall da escola, como uma rua comunitária, parecendo pequenos lares. As salas contam com pequenos vestíbulos e a aparência de cada uma dessas salas fica por conta dos alunos e professores. A ideia de Montessori compreende os deveres domésticos como parte do programa didático para as crianças, por isso se da ênfase ao cuidado com o ambiente, fortalecendo a ligação das crianças com o espaço à sua volta. Por outro lado, esse domínio particular de pessoas deve ser respeitado, afinal há riscos relacionados ao uso multifuncional, reconhece o autor, exemplificando algumas situações que poderiam vir a acontecer nesses casos.
A intenção é que os alunos se sintam seguros em deixar seus trabalhos sem o risco de no dia seguinte terem seus projetos danificados. Esse domínio de um grupo sobre um espaço pode diferenciar umas salas das outras se tiverem oportunidade de exporem seus trabalhos, utilizando a fronteira da sala com o hall, trazendo uma interação da parte pública da escola com as salas.
As Escolas Apollo (48-50), se baseiam na ideia de Delft. Os espaços entre as salas de aula e o alpendre foram utilizados para os alunos que quiserem estudar sozinhos, sem se isolarem do restante da turma. Esses espaços consistem em uma superfície com iluminação própria e um banco encostado em uma parede baixa, que oferece o isolamento necessário e mantém a interação do espaço com a sala. A escola também conta com mostruário contendo um