Fichamento Hertzberger
2. Demarcações Territoriais
“Uma área aberta, um quarto ou um espaço podem ser concebidos como um lugar mais ou menos privado ou como uma área pública, dependendo do grau de acesso, da forma de supervisão, de quem o utiliza, de quem toma conta dele e de suas respectivas responsabilidades.” (14)
“No mundo inteiro encontramos gradações de demarcações territoriais, acompanhadas pela sensação de acesso. Às vezes o grau de acesso é uma questão de legislação, mas, em geral, é exclusivamente uma questão convenção, que é respeitada por todos.” (15)
“(...) as área chamadas de semiprivadas ou semipúblicas, que muitas vezes estão espremidas na zona intermediária, são equívocas demais para acomodar as sutilizas que devem ser levadas em conta ao projetar cada espaço e cada área.” (16)
“Portas de vidro entre espaços ingualmente públicos e portante igualmente acessíveis, por exemplo, proporcionam ampla visibilidade de ambos os lados, de modo que as colisões podem ser facilmente evitadas. Portas sem painéis transparentes têm de dar acesso a espaços mais privados, menos acessíveis. Quando um código desse tipo é adotado coerentemente em todo o edifício, é entendido racional ou intuitivamente por todos os usuários do prédio e assimpode contribuir para esclarecer os conceitos subjacentes à organização do acesso.” (18)
6. O “Intervalo”
“A soleira fornece a chave para a transição e a conexão entre áreas com demarcações territoriais divergentes e, na qualidade de um lugar por direito próprio, constitui, essencialmente, a condição espacial para o encontro e o diálogo entre áreas de ordens diferentes.” (32)
“(…) Estamos lidando aqui com o encontro e a reconciliação entre a rua, de um lado, e o domínio privado, de outro.” (32)
“(...) Esta dualidade dexiste graças à qualidade espacial da soleira como uma plataforma, um lugar em que os dois mundos se superpõem em vez de estarem rigidamente demarcados.” (32)
“A concretização da soleira